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As doenças kármicas e os padrões familiares

A palavra Karma designa aquilo que, acreditando que a nossa alma encarna sucessivas vezes com o fim de evoluir, levamos de uma vida para outra, como algo que precisamos de resolver, de limpar, de corrigir. No que diz respeito às doenças, as teorias que acreditam na Reencarnação apontam para a possibilidade de experimentarmos dores e problemas de saúde na nossa vida actual como consequência de algo que não foi feito de forma correcta em vidas anteriores. Por outro lado, há por vezes a tendência de uma família se ver confrontada com uma mesma doença, que atormenta diferentes membros da família, por vezes atravessando gerações. Compreender o que se está a passar pode ser determinante para resolver o problema.

As chamadas "doenças kármicas" designam doenças da alma, que estão impregnadas no espírito da pessoa e que surgem como resultado de ações negativas que a pessoa teve em vidas anteriores. Por exemplo, uma pessoa que teve muita força física, como um guerreiro, e que a usou de uma forma negativa, abusando dela e exercendo violência sobre outras pessoas, que eram mais frágeis do que ele, poderá encarnar com uma saúde frágil, eventualmente tendo uma deficiência física ou um problema de saúde que o deixe vulnerável, para que possa sentir e experimentar a sensação de fragilidade em que se encontravam as pessoas que numa vida anterior sofreram como consequência da sua força mal direccionada.

Existem também teorias que defendem que as consequências da nossa morte numa vida anterior podem influenciar a nossa vida actual, fazendo com que, tomando outro exemplo, uma pessoa que foi agredida num olho e acabou por morrer possa sofrer de problemas graves de visão na sua vida actual.

Cada vida que vivemos é única, necessária para o nosso crescimento e evolução enquanto seres espirituais que somos. Temos livre-arbítrio, que nos permite escolher a forma como reagimos às situações e como lidamos
com cada circunstância que a vida nos apresenta. Quando sabemos curar-nos a nós próprios, reconhecendo, aceitando e corrigindo os aspectos da nossa vida que criaram, a um nível energético, o bloqueio que veio
a reflectir-se numa doença física, libertamo-nos desse “karma”.


Porém, quando não conseguimos fazê-lo o problema pode adensar-se e ficar impregnado no nosso código genético, acabando por ser transmitido aos nossos filhos e netos. Um problema que se deixou adensar sem ser resolvido acaba por ficar “inscrito” nas células do nosso corpo - porque somos feitos de energia. E, dessa forma, ele pode manifestar-se numa doença que os nossos filhos e netos também irão herdar.

Por outro lado, as crianças crescem a absorver os gestos e palavras dos pais, acabando muitas vezes por reproduzir a conduta que, nos mesmos, gerou uma situação de doença. Uma criança que ouve a mãe constantemente a queixar-se com dores de estômago pode, provavelmente e de forma inconsciente, vir a sofrer com dores de estômago no futuro, por exemplo. Quando estamos perante uma doença de família, que pode ser identificada pelos médicos como hereditária, ou não, é importante reconhecer aquilo que existe em comum entre as várias pessoas da família que sofrem dessa mesma doença. Como reagem às situações? Como se comportam no seu dia-a- dia, que rotinas seguem, como é a sua personalidade? Os gestos que repetimos, as palavras que proferimos sem nos darmos conta, o tipo de sentimentos que exteriorizamos e, especialmente, aqueles que guardamos para nós, trazem muitas vezes a resposta para problemas que surgem de forma repetida, como “Karmas” colectivos que uma mesma família partilha.

Os padrões kármicos familiares também se manifestam em outras áreas da nossa vida, para além da saúde. Por exemplo, há famílias que partilham um Karma relacionado com o dinheiro, tendo uma má relação com ele, experimentando sucessivas fases de dificuldades, etc. Ou, por outro lado, há também padrões familiares Kármicos que lidam com questões afetivas, em que por exemplo a mãe criou os filhos sozinha e uma das suas filhas (ou várias) acabam por ver-se na mesma situação. Claro que as circunstâncias da nossa vida são sempre fruto das escolhas que fazemos e são também em boa parte o fruto daquilo que absorvemos enquanto crianças e jovens e que crescemos a ver como "natural" ou "certo". As crianças e, especialmente, os bebés, absorvem os medos, as ansiedades e os traumas dos pais, de uma forma inconsciente, e à medida que crescem assumem-nos como sendo seus. No entanto, segundo a teoria da Reencarnação a nossa alma escolhe a família na qual vai encarnar, porque é aquela que melhor nos oferece as condições para a nossa aprendizagem - e que são, justamente, as lições mais difíceis, para além de que é muitas vezes dentro da mesma família que encarnam as almas que trazem karmas entre si - um parceiro agressivo pode encarnar como um filho, por exemplo.

O que fazer?

Quer no caso das doenças kármicas quer em relação aos padrões familiares kármicos, o primeiro passo passa sempre pela identificação. Esta deve ser sempre feita por um terapeuta especializado, alguém que estudou e que tem um conhecimento ampliado sobre vidas passadas e sobre as questões kármicas, sabendo como pode ajudar a ultrapassá-las. Muitas vezes, para que haja esta identificação inequívoca e para que possa proceder-se a um tratamento adequado é necessário usar a Regressão, que pode ser feita apenas uma vez ou, em casos mais complicados, havendo a necessidade de a repetir em várias sessões, canalizando cada uma delas para um aspeto específico, até porque há casos graves que não conseguem ser abordados de uma só vez.

A Regressão deve ser sempre acompanhada por um terapeuta que saiba como ajudar a pessoa a desbloquear o problema, através de uma meditação guiada, que induz a pessoa a um estado de relaxamento profundo, no qual consegue aceder aos registos que foram impregnados ainda antes de encarnar, ou que estão enraizados no seu código genético. 

   Quando se compreende a raíz de um problema ele torna-se, imediatamente, mais fraco.

Depois, o terapeuta ajuda a pessoa a lidar com as descobertas que fez, compreendendo de que forma aquilo que experimentou no passado, ou que os seus familiares vivenciaram, está a afetar e condicionar a sua vida atual. Este processo, não sendo simples, não tem nada de complicado. Neste caso o terapeuta assemelha-se a um psicólogo (sem jamais o substituir), fazendo com que a pessoa reconheça as causas da sua dor, para poder erradicá-las da sua energia, sarando-as. E isso faz com que muitas vezes sucedam verdadeiros milagres, ajudando a diminuir a intensidade de uma doença - porque ela  já cumpriu o seu papel, já chamou a atenção da pessoa para aquilo que estava a negligenciar na sua vida e já está a ser atendida e tratada - e até a pôr-lhe fim. Este acompanhamento NUNCA substitui o tratamento e acompanhamento médico, que são indispensáveis. Pode e deve, sim, ser usado como um complemento, ajudando a que a situação se resolva.

Para além da meditação regressiva, a cura através da Regressão usa outras ferramentas reconhecidas e usadas há muitos séculos, como a cura através da Chama Violeta, que facilitam o processo.

Quando uma pessoa consegue identificar e tratar um padrão kármico familiar, ele é sanado, e a família fica liberta dele para as gerações vindouras, havendo também a possibilidade de os outros membros da família, se a isso estiverem dispostos, serem mais facilmente tratados.

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