Astrologia

A energia do mês de Junho

Chegámos a meio de 2016! Os primeiros seis meses do ano estão agora a chegar ao fim. Páre um pouco para fazer um balanço de tudo o que já aconteceu na sua vida, daquilo que mudou, do que melhorou, do que precisa de mudar para que possa melhorar. Este mês é muito especial. Desde tempos antigos que é considerado muito importante porque marca a chegada do tempo quente. O Solstício de Verão, que este ano ocorre a 20 de Junho, assinala a noite mais curta do ano. Até lá, os dias vão sendo cada vez maiores. Como vai aproveitá-los?

Junho é assim chamado em honra da deusa romana Juno, porque ela era a esposa de Júpiter, o rei dos deuses, sendo a única deusa casada e, por isso, a protectora dos casamentos. Como nesta altura do ano se celebravam muitos casamentos, este mês passou a chamar-se Junho, em sua homenagem.

Este é um mês de celebração, é como uma recompensa depois dos rigores dos primeiros cinco meses do ano, mais árduos e mais frios. Em Junho, festejamos a alegria de ser criança, logo no dia 1. No dia 10 celebramos Portugal. E depois é tempo de santos populares: na madrugada de 13 de Junho pedimos a Santo António que nos proteja no amor, na noite de 23 para 24 saltamos a fogueira ou lançamos balões de ar quente no ar e fazemos pedidos a São João, a 29 de Junho reza-se a São Pedro, a quem pedimos que, no seu devido tempo, nos abra as portas do Céu.

O Solstício de Verão, que acontece no dia 20, marca uma viragem importante nos ritmos do Universo, convidando-nos a ajustar a nossa vida para que ela encaixe melhor naquilo que precisamos e no que pretendemos dela. Esta é a noite mais longa do ano, o Sol atinge o seu ponto de máxima proximidade do Hemisfério Norte da Terra. Estando mais perto, a sua energia é ainda maior, mais poderosa, trazendo vida e calor a tudo o que fazemos..

A energia do mês de Junho é alegre, positiva, leve e, sobretudo, convidativa à mudança. Não se apegue demasiado, não se detenha tanto em pormenores, não concentre a sua energia numa só tarefa, numa só situação ou numa só pessoa. Junho convida-nos a deixarmo-nos ir, a fluirmos com o Universo e a "dançarmos conforme a música", sem nos angustiarmos se nem tudo são rosas e sem alimentarmos ansiedade em relação ao futuro. Saboreie o momento e retire de cada situação aquilo que ela tem de melhor, sem se preocupar com o que virá depois. Para já, aproveite o agora: é essa energia de descontracção, essa dinâmica de "viver o momento" que vai dar-lhe mais força e energia para enfrentar o futuro.

No dia 5 de Junho, a Lua Nova em Gémeos dá-nos uma preciosa ajuda para aligeirarmos a nossa vida, ajudando-nos a adoptar uma postura mais flexível, a regermo-nos mais pela razão sem nos deixarmos arrastar nas correntes profundas da emoção. A energia da Lua Nova em Gémeos facilita as transições e o desprendimento, pois traz-nos a confiança de que "o melhor ainda está para vir". Está sempre tanta coisa a acontecer à nossa volta, há sempre tanto com que nos alegrarmos. Se passarmos o tempo cabisbaixos e tristonhos, de olhos presos no chão a lamentar o que não temos ou o que perdemos, estaremos a desperdiçar a abundância que acontece no céu e à nossa volta.

Esta energia é ainda mais enfatizada pela Lua Cheia no aventureiro signo de Sagitário, a 20 de Junho. De notar que no mês anterior a Lua Cheia também aconteceu no signo de Sagitário, a 21 de Maio. Estava, então no início do signo, estará agora muito perto do seu fim. O Universo oferece-nos uma segunda oportunidade para rompermos com as amarras que nos prendem, para transpormos os limites que nos aprisionam, para arriscarmos e irmos mais longe, se ainda não o fizemos.

Ao longo do mês, desenha-se no céu astrológico uma Grande Cruz mutável, formada pelo Sol em Gémeos, que estará em conjunção com a Lua logo a 6 de Junho, em oposição a Saturno em Sagitário e em quadratura a Neptuno em Peixes e a Júpiter em Virgem. Todos eles, Gémeos, Sagitário, Peixes e Virgem são signos mutáveis, o que significa que somos obrigados a lidar com a mudança, com as transições, com a incerteza. Tudo pode ser e pode não ser. Ao contrário dos signos Cardinais (Carneiro, Caranguejo, Balança e Capricórnio), que possuem a energia que incita aos começos, e dos signos fixos (Touro, Leão, Escorpião e Aquário, que se focam e se concentram), os signos mutáveis (Gémeos, Virgem, Sagitário e Peixes) são aqueles que melhor se adaptam, que mais facilmente vêem os dois lados de uma situação, que melhor compreendem os pontos de vista antagónicos.

A 13 de Junho, Neptuno entra em movimento retrógrado, confrontando-nos com as nossas ilusões, obrigando-nos a ver a verdade sob outros prismas, a compreender quem somos de facto, de que precisamos realmente, quem está verdadeiramente ao nosso lado.

No final do mês, Marte deixa de estar retrógrado, a 29, o que nos permitirá respirar de alívio depois da tensão e dos contratempos que enfrentámos nestes últimos meses.

Ao longo deste mês, não queira certezas, pois só vai atormentar-se. As situações podem ser confusas, nebulosas, indefinidas, deixe-se ir. Não perca demasiado tempo a questionar-se, não se desgaste à procura de explicações. Siga com a vida, pois o tempo acaba sempre por nos trazer as respostas.

Aproveite o tempo quente para ir à praia e estar com os amigos. Namore à luz da Lua, conviva mais, saia mais. Coma sardinha assada, celebre os Santos populares, reze com confiança de que o futuro será melhor.

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