Santos e Orações

Nossa Senhora de Fátima - Cem anos de Fé e devoção

Foi no dia 13 de maio de 1917 que Maria, Mãe de Jesus apareceu a três pequenos pastores em Fátima, uma freguesia do concelho de Vila Nova de Ourém. A partir daquele dia, aquele lugar, desconhecido até então, nunca mais foi o mesmo. Cem anos após as aparições, a fé em Nossa Senhora de Fátima continua inabalável.

Nossa Senhora do Rosário terá sido o nome pelo qual a Virgem Maria se anunciou aos três pequenos pastores, pois a mensagem que trazia consigo era um pedido de oração ao Santo Rosário.

No dia 13 de maio de 1917 deu-se a primeira aparição. Por volta do meio-dia os três jovens, Lúcia, Francisco e Jacinta reuniram-se para rezar o terço. Assim que terminaram as orações levaram as ovelhas a pastar para um local próximo da Cova da Iria - Fátima. Subitamente viram um clarão sobre uma Azinheira. Quando se preparavam para abandonar o local, para se protegerem da chuva, viram um segundo clarão e perceberam que não estavam perante a proximidade de um temporal, mas na presença de uma enigmática luz. Olharam com mais atenção e viram uma mulher, que segundo as palavras de Lúcia, possuía uma aparência etérea:

“Era uma Senhora vestida de branco e mais brilhante que o Sol, espalhando luz mais clara e intensa que um copo de cristal cheio de água cristalina, atravessado pelos raios do sol mais ardente.”

As aparições de Nossa Senhora de Fátima repetiram-se por mais 5 vezes nos meses seguintes. No dia 13 de outubro de 1917 ocorreu a última aparição da Mãe de Jesus, e nesse dia estiveram no local cerca de setenta mil pessoas. Na sua última aparição na Cova da Iria Nossa Senhora pediu que erguessem naquele local uma capela em sua honra.

O Milagre do Sol

O Milagre do Sol foi um fenómeno testemunhado por cerca de 70 mil pessoas no dia 13 de outubro de 1917. Os três pequenos pastores contaram ao povo que Nossa Senhora tinha prometido um milagre para o meio-dia "de modo que todos pudessem acreditar" nos relatos das três crianças

Naquele dia, apesar da chuva intensa, a multidão não arredou pé e aguardou corajosamente pela chegada das três crianças. Enquanto os três pastores eram expostos às aparições, a maior parte da multidão observou o milagre prometido. De repente, a chuva forte cessou, as nuvens entreabriram-se, formaram um disco de prata fosca e deixaram ver o Sol. Era possível olhar diretamente para o Sol sem ferir os olhos. De seguida a gigantesca bola incandescente girou rapidamente sobre si mesma como uma roda de fogo. Depois começou a deslizar no céu, desenhando uma espécie de redemoinho, soltando labaredas de fogo. (…) Depois num movimento frenético, a bola de fogo começou a oscilar, precipitando-se em ziguezague sobre a multidão que assistia aterrorizada aos acontecimentos. Finalmente, o Sol voltou em ziguezague para o seu lugar e ficou tranquilo e brilhante. As pessoas notaram, pasmadas, que as suas roupas, ensopadas pela chuva, secaram rapidamente. Quem naquele dia esteve presente na Cova da Iria, conta que este fenómeno foi testemunhado por milhares de pessoas, até mesmo por outras que estavam a quilómetros do lugar das aparições.

A devoção a Maria de João Paulo II

O atentado que João Paulo II sofreu no dia de 13 de maio de 1981, na Praça de São Pedro, no Vaticano, deixou-o em risco de vida. As três balas atingiram-no no abdómen, na mão esquerda e no cotovelo e uma multidão de pessoas testemunhou o terrível incidente.

No ano 2000 a Igreja Católica surpreendeu o mundo quando divulgou o terceiro segredo de Fátima, que em 1917 teria sido revelado por Nossa Senhora a 3 pastores portugueses. Curiosamente, os disparos contra o Santo Padre foram feitos a 13 de maio. Nossa Senhora apareceu às três crianças também a 13 de maio. João Paulo II sempre afirmou que a Virgem Maria teria "desviado as balas". Um ano depois do atentado, a 13 de maio de 1982 e já recuperado, João Paulo II visitou pela primeira vez o Santuário de Nossa Senhora de Fátima para agradecer à Virgem a sua salvação. O Santo Padre ofereceu uma das balas que o atingiu ao Santuário. Essa bala foi posteriormente colocada na coroa da Virgem Maria, onde permanece até hoje.

O manto que o Santo Padre vestia no dia do atentado foi depositado numa igreja erigida à Virgem Maria, em Chestocova, na Polónia, país natal de João Paulo II, no ano de 1983.

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