Terapias
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Terminar um relacionamento e fechar esse capítulo requer perícia, força de vontade e determinação. Por mais conselhos e dicas que vai ouvir, a melhor forma de levantar-se é saber ouvir a sua voz interior!
Nem sempre existe uma razão plausível para uma relação chegar ao fim; nem sempre tem que existir uma traição, um desencanto, um excesso de obstáculos; nem sempre depende dos principais envolvidos a continuidade. Mas uma coisa é certa: depende de si virar a página! E esse virar de página é gradual, sem conceitos pré-concebidos, sem opiniões alheias do tipo “ah faz assim…”, ou “devias agir desta forma”. Cabe a si, e apenas a si, seguir com a sua vida para a frente, sem julgamentos, sem pressões ou condenações. O tempo cura tudo, até mesmo o que julgamos ser impossível de superar!
Um passo atrás… dois para a frenteSão muitas as relações que começam e acabam num abrir e fechar de olhos, facto que justifica as grandes taxas de divórcios e de crianças e adolescentes filhos de pais separados. Uma coisa é certa: antes só que mal-acompanhado! Se a relação já deu o que tinha a dar, não vale a pena continuar a insistir. Ao fazê-lo apenas estará a enganar-se a si mesmo e a adiar a oportunidade de voltar a encontrar a felicidade ao virar da esquina. De acordo com Catarina Dias, psicóloga de profissão, é importante entender-se que, por vezes, temos que recuar para depois avançar com mais segurança e determinação: “O término de um relacionamento, seja ele de que índole for, é sempre traumático. Cada pessoa encara essa situação de uma forma diferente, pelo que o tempo de recuperação é variável. Há que respeitar o luto de cada um, sendo que é importante perceber-se o momento de avançar.” O virar de página deve ser feito assim que a cabeça estiver devidamente arrumada, porque na nova vida não pode haver espaço para mágoas, ressentimentos ou vinganças. Mas acima de tudo, não pode haver espaço para nos diminuirmos enquanto ser humano! Segundo a especialista, várias são as pessoas cuja tendência é para negar o evidente, culpabilizando-se pelo fim: “Há que entender que ambas as partes têm a sua responsabilidade e não adianta querer insistir numa relação quando um dos envolvidos já está com a cabeça fora dali. A aceitação é algo importantíssimo, tal como o sentimento de que se tentou até ao fim, mediante os limites do amor-próprio”. Por estas razões, Catarina Dias aconselha: 1. Não implore por outra oportunidade: às vezes a falta que as pessoas dizem sentir nem é daquela pessoa, mas do receio que sentem em ficar sozinhas; 2. Não ligue nem mande mensagens: se a decisão foi cada um seguir o seu caminho, não adianta continuar a insistir. Quanto mais rápido interiorizar que tem que seguir em frente, melhor para si; 3. Não evite o sofrimento: a negação não é opção. Enfrente a dor. Chore tudo o que tem para chorar, mas não encubra o sofrimento ou nunca conseguirá livrar-se dele. A única forma de chegar ao outro lado do túnel é atravessar a dor e não a contornar; 4. Não se martirize: quando uma relação corre mal a culpa é sempre dos dois intervenientes e não está reservada apenas a um lado. Não ache que fez tudo mal e que a culpa é somente sua. Tente sim aprender com os erros para evitar repeti-los no futuro; 5. Não tente vingar-se: ao fazê-lo só vai estar a gastar energias com uma pessoa que não merece e as probabilidades de não se sentir melhor depois de se vingar são enormes; 6. Não o persiga nas redes sociais: a tendência é continuar a saber as novidades através dos amigos em comum ou das redes sociais. Mas tal procedimento apenas irá atrair mais dor. Se não procurar, tudo o que está relacionado com ele cairá no esquecimento. Lá diz o velho ditado, “longe da vista, longe do coração”; 7. Desfaza-se das lembranças: guarde ou esconda fotografias, objetos ou pertences que lembrem o passado que tiveram em comum. Evite também os lugares que costumavam frequentar e crie novas rotinas. 8. Encare a situação como uma aprendizagem: Todas as relações são um ensinamento, pode até não perceber logo, mas o tempo encarregar-se-á de tornar clara a lição que tem a retirar daqueles meses ou anos. E aprenda com isso, veja em que é que pode mudar no futuro e o que pode melhorar. Desta forma, irá ser mais fácil não cometer os erros do passado.
Dicas para virar a página· Pare de olhar para o passado: chorar alivia, mas tudo o que é demais torna-se num excesso prejudicial. Após alguns dias de introspeção, arrume a sua cabeça, deixando de arranjar desculpas para justificar o fim do relacionamento. O passado fica lá atrás, pelo que é imperativo começar a viver um dia de cada vez. Cada dia será uma vitória pessoal e quanto ao futuro, tente não o viver antecipadamente; · Faça uma arrumação na sua casa: se ficou a viver no mesmo local onde vivia antes enquanto estava com o companheiro, opte por lavar a cara ao espaço. Uma pintura nova, uma decoração diferente e colocar de lado algumas peças ou acessórios com os quais não se identifica mais pode ser uma solução; · Saia e conviva: existe sempre uma forte tendência para ficar em casa, a remoer e a pensar no que se passou. Contrarie isso e opte por sair. Embora seja importante alguns momentos de introspeção, combine alguns encontros com amigos, mas evite aqueles que, ao invés de o ajudarem, apenas o vai deixar mais em baixo; · Redescubra os seus hobbies: quando se mantém um relacionamento com alguém, são muitas as vezes que deixamos ficar para trás as coisas que realmente nos dão prazer a fazer. Agora, é tempo de recuperar isso e voltar a fazer o que gosta, valorizando-se; · Procure conhecer pessoas novas: longe vai o tempo em que se defendia que um amor se cura com outro amor. O mais importante é voltar a ter amor próprio, estar bem consigo mesmo e com a vida. Mas isso não invalida alargar o seu leque de amizades, mais que não seja para sair da sua zona de conforto e tomar contacto com outros ideais; · Acima de tudo, encontre a sua paz interior: limpe o seu coração de mágoas e ressentimentos para conseguir seguir um outro caminho de vida. Pense que amou, foi feliz e que essa pessoa que agora partiu já cumpriu a sua missão para consigo. Siga o seu coração! Saiba mais sobre este e outros assuntos na revista ESTRELA GUIA, à venda numa banca perto de si: Preencha o formulário e receba a resposta ao seu dilema
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