Terapias
Quando amamos alguém, desejamos ser únicos e especiais para essa pessoa a quem entregamos o nosso coração e a plenitude do nosso ser. O ciúme está estreitamente relacionado com a insegurança. Quanto mais seguros de nós próprios somos, maior é a consciência que temos do nosso valor e de que somos únicos e insubstituíveis, e menos razões temos que nos induzam ao sentimento de ciúme.A falta de confiança em nós leva a que estejamos sempre com medo que o nosso parceiro perca o interesse que tem por nós, e mesmo que não tenhamos consciência dos processos mentais que nos levam a assumir comportamentos ciumentos, desenvolvemos o receio latente de sermos trocados por outra pessoa, sentindo ciúme ao que entendemos ser um mínimo sinal de perigo de perda. Para vencer o ciúme, é fundamental ter consciência daquilo que o motiva e compreender por que razão o sente. Para tal, passe em revista todas as relações amorosas que já teve e procure analisá-las com objectividade, procurando identificar, de forma sincera e honesta para consigo mesmo, se assumiu sentimentos de posse e de ciúme, em momentos esporádicos ou de forma recorrente. Quanto mais ciumenta uma pessoa for, mais insegura e vulnerável ela é. Importa entender de onde veio esta insegurança, para poder erradicá-la da sua vida, libertando-se dela. Ninguém pode amar-nos mais do que nós mesmos, nenhuma outra pessoa tem a capacidade de nos dar o amor que nos falta. O amor é uma partilha, uma corrente de energia positiva que se dá sem esperar nenhuma gratificação em troca, e na verdade nada tem que ver com o sentimento de posse em relação a outra pessoa. E, se entendermos que nunca somos donos de ninguém, que todos os outros são seres absolutamente livres como nós, deixamos de sentir ciúme, porque compreendemos e sentimos que o amor não se esgota. Dica positiva: Nós dependemos daquilo de que queremos depender. Mantermo-nos presos a um relacionamento assente na posse, no ciúme e na obsessão impede-nos de realizar o potencial amoroso do nosso ser e de viver sentimentos plenos e bons, como o amor e a amizade, que dão sentido à nossa vida e trazem luz ao nosso ser. Se na sua vida experimenta ou já experimentou uma relação de ciúme ou possessividade que vai além de um impulso ou de uma situação passageira e assume proporções ao ponto de ferir um ou os dois membros do casal, analise-a. Procure identificar aquilo que desencadeia o ciúme. De que é que o seu parceiro, ou você, tem medo? O que o leva a sentir-se inseguro? Como pode fortalecer a relação e acabar com a insegurança que alicerça o ciúme e o sentimento de posse? É possível fazê-lo? Saber quando devemos retirar-nos de uma situação é tão importante como saber quando devemos mantê-la. Preservar uma relação que nos expõe ao ciúme doentio e que nos arrasta para sentimentos negativos e destrutivos afasta-nos do amor e impede-nos de sermos felizes. Quando tentamos fazer tudo da forma correcta para fortalecer a nossa relação através da honestidade, da lealdade, da frontalidade e da confiança, e mesmo assim não conseguimos fazê-lo, devemos a nós próprios a coragem de nos libertarmos do que nos sufoca e de partirmos em busca da felicidade que merecemos. Texto retirado do livro O Meu Segredo, de Maria Helena Veja também: Ter uma família e um casamento feliz
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