Gostar de si é gostar do seu corpo

Aprenda a ter respeito pelo seu corpo. Ele é o seu templo sagrado, é a casa que a sua alma habita nesta vida na Terra. Levá-lo a extremos sem respeitar o tempo de que ele precisa para descansar, sobrecarregá-lo com alimentos que o prejudicam ou ameaçar a sua integridade com o consumo de substâncias como o álcool e as drogas representa uma falta de respeito para consigo próprio. Nós cuidamos zelosamente de quem amamos – ame-se e cuide de si com o mesmo zelo!

Ao sujeitar a sua saúde a constantes abusos, a mensagem que está a transmitir ao seu corpo é que não o ama, porque não cuida dele, porque não lhe devota a atenção que ele requer. O refúgio no álcool ou nas drogas mais não é do que uma saída imediata para fugir de si próprio.

As pessoas que se amam enfrentam-se, enfrentam a sua realidade, porque sabem que não precisam de nada exterior: tudo aquilo de que realmente precisa está dentro de si.

O amor a nós próprios é, também, o caminho para a libertação dos vícios e dos hábitos destrutivos. Atenção, pois existem muitos vícios camuflados. Fazer compras compulsivamente é um vício, comer de mais, criticar os outros, contrair dívidas, alimentar relações em que se é rejeitado, tudo isso também pode ser um vício. Há pessoas que se queixam de atrair sempre as pessoas erradas, aquelas que inevitavelmente acabam por tratá-las mal, por rejeitá-las ou por abandoná-las. O que essas pessoas não sabem é que são elas que criam esse padrão. Quando nos rejeitamos, temos tendência para atrair pessoas que também nos rejeitam, pois dessa forma estamos a mostrar ao Universo que tínhamos razão, que estávamos certos ao rejeitarmo-nos, pois os outros também o fazem.

Para deixar de atrair situações que fazem mal à sua saúde, deixe de se maltratar a si próprio. Logo que se deixar de maltratar, no mais íntimo do seu ser, passará a atrair para a sua vida situações saudáveis, que lhe darão uma vitalidade constantemente renovada. Lembre-se sempre que toda a nossa vida exterior é um reflexo daquilo que somos, de tudo o que se passa dentro de nós.

Mudar a forma como nos vemos altera a nossa atitude perante as situações e permite libertarmo-nos de tudo o que nos é nocivo e prejudicial. Tudo aquilo que sentimos é passageiro. Os sentimentos não definem quem somos. Hoje posso sentir-me miserável, mas NÃO SOU miserável. Posso ser gordo, baixo, estrábico… qualquer característica física que tenhamos não é mais do que isso: uma característica, igualmente válida e importante, quer se enquadre no padrão social de beleza, quer não.

Dica positiva: A alimentação é uma das maiores provas do cuidado que temos connosco e do amor que sentimos por nós. Dar ao seu corpo alimentos excessivamente calóricos ou prejudiciais sufoca o metabolismo, sobrecarregando-o com um esforço acrescido que ele passa a ter de fazer para conseguir manter-se em funcionamento. Já reparou no prazer que sente quando come alguma coisa da qual sentia desejo? Fazer uma alimentação equilibrada e variada satisfaz as nossas necessidades e mantém o nosso corpo bem nutrido e amado.

O repouso é, também, uma prova de amor a nós próprios. O organismo precisa de tempo para se recompor das exigências diárias, e apenas o sono consegue restabelecer devidamente o equilíbrio. O nosso cérebro precisa de descanso, e quando nos privamos de horas preciosas de sono estamos a obrigá-lo a funcionar além dos seus limites. O cansaço, a irritabilidade e o stress são apenas alguns sinais do descontentamento do nosso corpo, desprezado por nós. Dormir é um hábito necessário, a que é impossível fugir. Procure dormir seis a oito horas por dia.

Pratique exercício físico com regularidade, adaptado às suas capacidades e características. O propósito máximo do desporto é manter em bom funcionamento a máquina fantástica que o nosso corpo é. Ao deixar um carro fechado numa garagem durante meses, não espere que ele funcione às mil maravilhas quando pegar nele para ir dar um passeio. Com o corpo passa-se exactamente a mesma coisa. Uma pessoa que passa todos os dias sentada no sofá a ver televisão não deve estar à espera de se movimentar com destreza e agilidade, pois os músculos relaxam de tal forma que quando retomam a actividade ressentem-se, e os ossos queixam-se de algo que não estão habituados a fazer. Ocupe o seu tempo de lazer de preferência com actividades em que se movimente, pois o lazer passivo pode deixá-lo triste ou deprimido, mexa-se pela sua saúde. Assim, fazer diariamente uma caminhada de meia hora já é amar-se a si próprio. Alimenta a mente com imagens positivas daquilo que está à sua frente e respirar ar puro e os mecanismos do seu corpo sentem-se úteis e mantêm-se em bom funcionamento.

Por mais que tenha de fazer, pense nisto: quando estiver doente, fará muito menos. Não é preferível cuidar da sua saúde?

texto retirado do livro O Meu Segredo, de Maria Helena Martins

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