Santos e Orações

Rezar em tempo de pandemia

É nos momentos mais difíceis que a fé aparece, muitas vezes, como a luz que nos ajuda a continuar, mesmo quando não está ao nosso alcance ver o caminho à nossa frente. Perante uma situação como aquela que presentemente vivemos, saber rezar pode ser a ajuda de que precisamos para seguir em frente.

Perante a incerteza trazida pos situações que escapama ao nosso controlo, é fácil deixarmo-nos levar pelo medo e, com ele, perder as forças e a capacidade para enfrentar as situações. Seja qual for a sua religião, ter fé - mesmo que seja em si próprio, na Humanidade - é fundamental para superar os momentos de aflição e para seguir sempre em frente.

Manter a chama da fé acesa é, pois, o melhor que podemos fazer, para além de fazer, no dia-a-dia, tudo o que nos é possível para melhorar as situações com que temos de lidar.

Ter fé significa ter uma relação com Deus  seja qual for a ideia que Dele tivermos, Deus é a essência Divina da nossa existência, é confiar que há algo superior que nos mantém seguros, mesmo quando temos de passar por provações.

É relativamente fácil duvidar da existência de Deus, quando somos confrontados com dor, sofrimento, injustiça e aquilo que nos parece ser cruel. Também não é fácil manter a fé quando estamos exaustos, quando nos sentimos a chegar ao limite das nossas forças. A revolta, a frustração e a raiva podem tomar conta de nós - e elas surgem sempre no extremo oposto da fé. Elas são o oposto da fé.

Quando temos fé, confiamos.

Mesmo que as circunstâncias sejam totalmente diferentes daquilo que gostaríamos que elas fossem.

Fazemos a nossa parte porque temos a certeza que a situação vai melhorar.

Por isso, em tempos particularmente difíceis como aquele que a Humanidade está a viver, é ainda mais importante saber rezar. Para que possamos manter sempre acesa a chama da fé, mesmo que por vezes ela esteja trémula e pareça estar prestes a apagar-se.

O silêncio é uma forma de oração.

Saber rezar não significa repetir palavras que não sentimos. Estar em silêncio mas sentirmo-nos em comunhão com Deus sim, é rezar. Aceitar o sofrimento que sentimos, olhar para ele como se o estivéssemos a ver de fora, ouvir com atenção o que o nosso corpo nos diz, o que a nossa alma nos diz, permitir que nos sintamos vazios - é através do silêncio que entramos em comunhão com Deus. É ao parar o que estamos a fazer para simplesmente contemplar, olhar para dentro, que as respostas podem chegar até nós. Não nos apercebemos delas se estivermos a fazer sempre alguma coisa. Nem tão pouco se a nossa mente não parar de arquitetar os piores cenários possíveis. Se o nosso medo tomar conta da voz que ouvimos em nós.

O silêncio, pelo contrário, pode oferecer-nos outra perspetiva das situações.

Não temos de nos remeter a uma vida de silêncio. Mas é importante aprender a integrar o silêncio na nossa vida, como uma prática regular. Silêncio não significa apenas não falar. Significa, também, não pensar. Mesmo que o façamos apenas cinco minutos por dia. 

Pedir, com sinceridade, que as respostas venham até nós. E estar recetivos e disponíveis para as recebermos.

Aceitar que nem sempre controlamos tudo. Que na maior parte das vezes é a vida que nos dá o caminho. Temos sempre o poder da escolha. Através dele, construímos a nossa vida, pois são as escolhas que fazemos que vão desencadeando novas situações. Mas confiar que há um plano maior do qual fazemos parte ajuda-nos a sentir que não estamos sozinhos nem destinados ao sofrimento e ao fracasso.

Há sempre um propósito para tudo aquilo que acontece.

Muitas vezes é nos períodos em que nada parece acontecer que as sementes germinam e crescem, dando lugar ao crescimento de algo.

Por isso, nos momentos em que parece que nada podemos fazer, podemos e devemos sempre cuidar das nossas sementes. Continuar a alimentar sonhos e esperanças. E fazer, por pouco que seja, o que for possível para que eles estejam cada vez mais perto de ser realizados.

Lamentar.

Um lamento é uma dor expressa. Desde que não fiquemos presos às nossas queixas e lamúrias, elas são importantes porque nos ajudam a exteriorizar a dor que sentimos. Por isso, rezar também pode ser queixarmo-nos, como fazíamos quando éramos pequenos e recorríamos ao nosso pai, à nossa mãe, ou a um adulto em quem confiávamos que cuidaria de nós. Rezar também pode ser queixarmo-nos a Deus e invocarmos a sua ajuda e proteção quando mais precisamos delas. Não devemos, porém, ficar presos a esse lamento e encontrar nele desculpas para não fazermos a nossa parte.

Deus, como Pai generoso e compassivo que é, ouvirá as nossas queixas e olhará por nós. Não desviará os obstáculos do nosso caminho, mas ajudar-nos-á a ter força para superá-los.

Rezar é ser honestos connosco próprios, com os outros, e com Deus.

Obrigar-nos a ter uma atitude positiva quando não nos sentimos positivos é "tapar o sol com a peneira". É fundamental ter e alimentar pensamentos, SIM! Mas é essencial sentir aquilo que estamos a pensar. É fundamental confiar naquilo em que pensamos. E, para que isso seja possível, muitas vezes precisamos primeiro de lamentar, de nos permitirmos o sofrimento, para que ele seja exteriorizado. E só depois, através do silêncio, chegamos à confiança e ao otimismo.

Porque a verdade é que não estamos sozinhos. Nunca estivemos, e nunca iremos estar.

Rezar é pedir ajuda.

Não são precisas muitas palavras. Um simples "Meu Deus, ajuda-me!" é rezar, quando é dito com total sentimento e entrega ao poder Divino.

"Senhor, tende piedade de nós." é uma das mais poderosas orações.

 

Dica útil:

Uma forma de rezar em momentos de aflição consiste em inspirar fundo enquanto diz "Jesus Cristo, Filho de Deus", e expirar soltando o ar enquanto diz "Tem piedade de mim, vem ajudar-me.".

Poderá substituir estas por outras palavras que façam sentido para si. Mas combinar a prece com a respiração, e repetir durante alguns minutos, ajuda a sua mente a serenar e, a partir daí, a recuperar as forças de que tanto precisa.

Poderá, também, inspirar e expirar enquanto diz, em vez de frases, palavras, como "amor", "paz", "luz", ou aquilo que fizer sentido para si.

 

Ler a Bíblia ou ler orações antigas, pode ajudar a enfrentar períodos difíceis como aquele que estamos a viver, pois mostra-nos que outras gerações já enfrentara pragas e dificuldades e que, apesar delas, a Humanidade conseguiu reerguer-se.

Ter fé é também compreender e aceitar que o nosso caminho não é nem poderá ser sempre fácil. A nossa vida é feita de um misto de felicidade e de sofrimento - ambos estão ligados e fazem parte do nosso processo de evolução enquanto almas. Somos confrontados com desilusões, contradições e injustiças, mas elas servem para nos obrigar a reagir, para nos ensinar, para de alguma forma nos ajudar a sermos mais fortes.

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